Inove ou evapore !


Por :

Antonio Carlos Teixeira Da Silva


O mercado de trabalho e as empresas sofrem profundas transformações a espaços de tempo cada vez menores. E isso exige de todos um amplo espectro de flexibilidade e adaptabilidade às novas regras. Ou seja, o mundo moderno apresenta, a cada dia, novos problemas e oportunidades que exigem novas maneiras de pensar. Além disso, o conhecimento fica obsoleto muito rapidamente. O que aprendemos hoje provavelmente não servirá muito daqui a cinco anos.

Essa situação é o resultado das inovações em todos os setores: ciências, marketing, produtos, medicina, engenharia, aviação, propaganda, etc. Mas e a educação? Será que as escolas estão preparando os profissionais de amanhã para gerenciarem o obsoletismo do conhecimento que ensinam hoje? Como preparar os estudantes para um mundo de transformações cada vez mais rápidas? As matérias atendem às demandas do futuro? As metodologias atendem às expectativas dos alunos? Os jovens de hoje são “multimídia”. Estudam e fazem seus trabalhos escolares na frente de um computador, ouvindo um CD, com a televisão ligada e falando ao telefone. Tudo ao mesmo tempo.

Essas mudanças no mundo exigem inovações por parte das escolas. Recentemente, realizei uma palestra em um evento de educação. À saída, fui abordado por diversas pessoas, entre elas, um professor. Ao abrir sua pasta, o educador mostrou-me seu planejamento de aula. Observei que as páginas estavam amareladas. Algumas escritas à mão e outras datilografadas. Então indaguei:

— Há quanto tempo o senhor dá essas aulas? — Sempre usei este formato e ele tem funcionado bem, respondeu. Esse fato deve provocar uma reflexão nas escolas que continuam fazendo tudo da mesma maneira como sempre foi feito porque funciona. Talvez ainda não perceberam que o grande risco é esperar perder para começar a mexer no time que está ganhando. Como em qualquer empresa ou profissão, as escolas também precisam estimular a criatividade de seus professores, diretores e pessoal administrativo, com o objetivo de gerar inovações que tragam benefícios para todos.

A escola precisa estar alinhada com o mundo atual e com a rapidez das mudanças. A faísca da inovação é o questionamento. Então, pergunto:

  • Por que os currículos não são feitos para desenvolver a imaginação dos alunos ao invés de apenas transmitir informações?

  • Por que as escolas dedicam tanto tempo para ensinar o passado?

  • Por que não dedicam um tempo para analisar tendências e futuro? É no futuro que os estudantes colocarão em prática os conhecimentos adquiridos na escola. Muitas vezes já defasados. Esses são apenas três questionamentos. Podemos ter centenas deles. A partir daí, utilizando as técnicas de geração de idéias, surgirão novas formas para melhorar o produto educacional, melhores práticas didáticas e melhores resultados, maior motivação por parte dos alunos e professores, além de uma infinidade de outras vantagens para todos os envolvidos.


Nos próximos meses, abordaremos mais a fundo todas essas idéias. Ou você inova, ou evapora!

Antonio Carlos Teixeira da Silva é conferencista sobre criatividade e inovação e ministra workshops. Autor do livro Inov-Ação: Como Criar Idéias que Geram Resultados. E-mail: pense@pensediferente.com.br
Visite o site: www.pensediferente.com.br

    

 

 


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