Nossas vidas por um triz
Por: Fátima Alves
A vida humana está se
tornando uma curta caminhada, tem sido apenas uma gotinha d’água que
se perde num mar de águas profundas. A vida não pode ser
desperdiçada numa mediocridade egoísta.
Não devemos deixar
nossos ideais se ausentar, isso nos deixa vazio e sem rumo, tirando
a clareza dos objetivos que podem estar ao nosso alcance para
realizá-los.
Dando valor a tudo, a
todos e até a si mesmo, criamos condições para apreciar a beleza das
coisas e das pessoas com quem convivemos, conhecemos ou não.
Valorizando o mínimo nos possibilita valorizar o máximo, e as
pessoas têm que saber disso.
O que deve valorizar e
respeitar a pessoa, é aquilo que ela é, não as tarefas que ela
executa, nem as palavras que ela escreve ou fala e, muito menos, o
que ela possui.
O conhecimento e
possuí-lo não é o suficiente para aprender a proceder o correto,
devemos apreciar este conhecimento para entender os seus encantos e
avaliar a sua grandeza.
Quantos? Quantos mais
precisam ir para começarmos a fazer alguma coisa. Agora foi o João
Roberto, antes dele foi o Daniel Duque, e outros tantos que nos
parecem despercebidos mas porque simplesmente não temos o
conhecimento.
Hoje não adianta você
estar dentro de casa que uma bala perdida pode te levar e você nem
saber porque foi. Você não pode estar lavando roupa no seu quintal,
ou mesmo brincando na sua porta de casa, onde preferimos ver nossos
filhos, já que dessa forma estão bem perto de nossos olhos. Meras
fantasias que se tornam desencantos e desilusões.
Vamos tentar ouvir mais
os elogios e esquecer as ofensas. Se você conseguir fazer isso,
ensine os outros. Não se sintam culpados por não saberem o que
fazer. Aprendam, nunca é tarde.
Quantos espetáculos da
vida devemos ainda presenciar para nos sentir esgotados e
frustrados?
Quantos mais obstáculos
devemos ultrapassar para nos tornar especialistas?
Quantos perigos a mais
devemos correr para continuarmos ainda vivos?
Somos uma essência,
temos carne, sangue, órgãos, vísceras, lágrimas, somos gente. Nem
todos os computadores do mundo unidos são tão complexos como nós.
Graças a Deus! É por isso que devemos lutar e mostrar que sentimos,
nos alegramos, brincamos, mas choramos quando algo assim acontece.
Deus! Devolva-nos o que
precisamos, não sou egoísta, sei que não depende só de ti, mas você
pode iluminar caminhos que se encontram escuros e que muitas vezes
achamos que não haverá ou poderá ter luz.
Deus! Nos dê algumas
ferramentas ou mostre qual delas podemos usar para consertar o que
se estragou antes que pife de vez.
A dor é grande. Não nos
deixe apenas viver do passado. Tenho esperança de um futuro com a
promessa de dias melhores. Ainda existe fé e ela está em Você. Ainda
espero talvez o impossível para fazer o possível.
Matias Aires dizia
“Vivemos constantemente em esperanças, e quando alguma nos deixa e
nos engana, logo nos deixamos enganar por outra; não podemos viver
sem aquele engano”.
Devemos aprender com
estas palavras para conseguirmos ou alcançarmos a realização das
nossas esperanças em relação à vida.
A vocês pais de João
Roberto, pais de Daniel Duque, pais de muitos Joãos, de muitos
Danieis, de muitos e muitos outros Josés, Antônios, Marias e muitos
e muitos.
“Não desencorajem, as
tentativas podem ser erradas, descarte-as, elas podem estar num
outro passo à frente. Não esperem, não exijam, façam o que puderem,
o que devem, o que desejam fazer. Mostrem à todos o que se pode ser
resgatado nessa jornada de muitas caminhadas, pois será, mas vocês
vão conseguir. Pode ser em pequenas atitudes, mas serão atitudes que
vão refletir, desenvolver e que o mundo tem que ver.
Chorem, pois as
lágrimas irão irrigar a tolerância, vejam as falhas e use-as para
esculpir a serenidade e deixe que suas perdas refinem a paciência.
Basta agir de acordo.
Não pensem que vocês
agora vivem apenas uma metade, a outra metade está ao seu lado.
Vocês têm a nós, nós também estamos vivendo sempre numa eminente
perda”.
Quero dizer a vocês,
que sejam capazes de viver em paz. Paz não é ausência de luta.
O jardim é belo não
porque as flores são vistosas, grandes, mas sim, porque nós as
plantamos e devemos cultivá-las.
Encarem os obstáculos
com coragem. Não os vejam como empecílhos intransponíveis. A partir
de hoje, enfrente esses obstáculos como estímulos às suas vontades
de vencer. Descubram a capacidade que habita em cada um de vocês.
Muita luz e serenidade.
|